Itaporanga-PB - Foi preso na manhã desta terça-feira (1º), o suspeito de matar a companheira e atirar na cabeça da filha de 1 ano, em Itaporanga, no Sertão, Elson Felix de Souza, de 35 anos, que estava foragido desde a manhã deste domingo (29), quando cometeu o crime.
De acordo com a Polícia Civil, o elemento foi encontrado em uma área de mata nas proximidades de Itaporanga e não há indícios de que estava recebendo alguma ajuda para fugir.
A vítima foi identificada como Cláudia Kell de Oliveira Miguel, de 28 anos. Ainda conforme o delegado Ilamilto Simplício, ela e o suspeito estavam convivendo juntos até sábado (28), quando houve um desentendimento entre os dois. Ele afirma que a vítima não queria mais manter o relacionamento, e o suspeito a assassinou e atirou na própria filha.
Cláudia Kell de Oliveira Miguel morreu no local, enquanto a criança foi levada para o Hospital de Itaporanga, mas precisou ser transferida para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, onde permanece internada na UTI pediátrica. O Hospital de Trauma de Campina Grande informou que o disparo chegou a atravessar o crânio da criança e foi necessária uma cirurgia. O estado dela é grave.
Suspeito foi solto três dias antes
Elson Felix de Souza estava preso desde agosto de 2024 por ter agredido a mulher e foi solto na quinta-feira (26), três dias antes do crime. De acordo com o delegado, o suspeito estava preso preventivamente por ter agredido a companheira. Em dezembro, ela procurou a delegacia e manifestou interesse em retirar a medida protetiva. Na quinta-feira, dia 26 de junho, o homem foi solto.
"Quando foi em dezembro, a companheira, que foi vítima, compareceu à delegacia dizendo que tinha reatado relações com ele, que estava convivendo com ele e que não tinha mais interesse nas medidas protetivas de urgência", relatou. O suspeito tinha um histórico de violência contra a mulher com quem se relacionava. Ela já havia aberto cinco processos criminais contra ele por violência, e o suspeito foi preso e condenado duas vezes pelos crimes. Após o feminicídio o homem fugiu.
Segundo o Tribunal de Justiça, o suspeito foi preso pela primeira vez em janeiro de 2023 por força de um mandado de prisão por violência doméstica contra a vítima. Em março de 2023, a Justiça aceitou a denúncia contra ele, e o suspeito foi condenado a três anos de reclusão, em regime aberto.